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Álvaro de Brito

    Obras de Álvaro de Brito
    • Claro-escuro, a expressão que Jacinto do Prado Coelho sugeriu a propósito da poesia do Cancioneiro Geral, bem se aplica à obra conhecida de Álvaro de Brito. A diversidade temática dos textos torna mais sensível a multiplicidade de registos, códigos, convenções: a celebração deslumbrada da perfeição feminina, a rendição perante a senhora, parece opor-se À indignação e ao ataque veemente que se descobre nas composições satíricas; o louvor de figuras de "altos estados" terá nascido da mesma pena que endereça acusações violentas em composições de vitupério; o consolo perante a ideia da salvação, da graça divina, não esconde a mágoa e o despeito pela experiência triste de tempos de mudança. Vida e morte, esperança e desalento, guerra e paz. Os contraste são irredutíveis, como angulosa a imagem do mundo que se revela. Na adequação a essas distintas vertentes, porém, destaca-se uma voz destra. Álvaro de Brito conta na prática poética da segunda metade de Quatrocentos em Portugal: para o mal ou para o bem, é parte de uma história que importa não esquecer.

      Obras de Álvaro de Brito